Essa pulseira aí da foto eu comecei a usar desde o ano passado. Comprei no sul da Bahia feita pelos índios pataxós (conheçam a história deles!) e uso diariamente. Já o "relógio da sorte" eu ganhei tem uns anos. Passei a ir aos jogos com ele porque as cores combinavam: preto e branco.
Não lembro quando foi que percebi o poder da combinação relógio-pulseira. Eu estava em Goiás de férias quando o Botafogo venceu a LDU em maio. Foi o único jogo no Nilton Santos na Libertadores que não fui. Como as datas do torneio ainda não tinham sido divulgadas quando comprei as passagens, a solução foi ver o jogo da TV do hotel. A partida foi ficando perigosa, a equipe equatoriana teve um gol anulado e eu resolvi apelar para a superstição. Tinha usado aquela combinação antes então resolvi tentar. Mesmo de pijama, coloquei o relógio e a pulseira para ver o jogo deitada na cama do hotel. Funcionou e continuei o ritual.
No jogo de volta contra o Palmeiras pela Libertadores eu estava em casa no Rio. Quando o Botafogo sofre o terceiro gol, eu dei um chilique. Falei para o meu pai que não tinha condição de assistir uma disputa de pênaltis, que ia descer, ficar na praça da rua, na portaria, sei lá. Não queria ver o final. Enquanto trocava de roupa para descer, coloquei o relógio e fui ao banheiro revoltada. Quando voltei, o VAR estava revisando o lance que anulou o gol de Gustavo Gómez.
No jogo de volta contra o São Paulo, eu tinha quase certeza que o Botafogo não venceria nos pênaltis. Até comentei isso com minha mãe "vamos ser eliminados". Mas coloquei a pulseira e o relógio por via das dúvidas.
Assim, não havia como não levar o relógio e a bateria para Buenos Aires comigo. Mas tínhamos um problema: a bateria do relógio e eu não queria trocá-la porque estava dando sorte. E assim fui para a Argentina com a pulseira no braço e o relógio sem funcionar na mochila.
Em Buenos Aires, usei um relógio que funcionava. Mas no dia 30 não tinha jeito: era aquele mesmo com a pulseira, a camisa, o colar e o tênis de todos os jogos. Avisei ao meu pai antes do jogo: "Hoje não adianta me perguntar o horário. O relógio não está funcionando, mas é esse mesmo que eu vou usar. A hora a gente vai ter que ver no celular."
E como time que está ganhando não se mexe, a dobradinha relógio-pulseira se repetiu na última rodada do Brasileirão contra o São Paulo. Só a blusa mudou, pois cada campeonato tem sua camisa da sorte.
Supersticiosa, eu?
Imagem: Arquivo pessoal
PS: Ah, fiquem tranquilos. Na segunda após a conquista do título do Campeonato Brasileiro, eu troquei a bateria do relógio. A pulseira eu continuo usando, mas dou algumas folgas merecidas para ela.
Botafoguense raiz é assim!
ResponderExcluirE botafoguense lá sabe o que é trocar a roupa da vitória? Nunca! Não se mexe em time que está ganhando.
ResponderExcluirEu aposentei uma camisa nova, com ela foram dois empates.