Todas as crianças crescem - menos uma. E bem cedo elas ficam sabendo que vão crescer.
Mas enquanto isso, algumas apenas sonham. E se divertem.
Rayssa Leal já tinha conquistado o Brasil e a internet antes mesmo do skate estrear nas Olimpíadas.
Mas para chegar chegar lá, às vezes precisa-se de alguma ajuda.
Tem gente que usa o pó de pirlimpimim.
"Pense em uma coisa tão boa que em um instante você voa."
Rayssa Leal acreditou que era possível e sonhou. Ou melhor, voou. De Imperatriz do Maranhão para Tóquio. Já era fadinha quando bateu as asas.
Aos 13 anos, ela parecia estar em um parque de diversões. Ou a Terra do Nunca.
Nunca o Brasil teve uma medalhista tão jovem.
Nunca, nunca, nunca...
Quando se é fada, tudo é possível. E a história termina sempre com um final feliz.
Rayssa Leal, medalha de prata no skate street.
A fadinha que voou. Voou nas manobras, se transportou até a casa de milhares de brasileiros acordados até de madrugada.
Tudo por conta de uma criança. Alegre, inocente e de coração leve.
Imagem: Bem Curtis/AP