Em 2017, um dos meus chefes no trabalho me ofereceu uma camisa do Botafogo. Ele tinha comprado para o pai, que morava em outro estado. A camisa acabou não servindo, ele não conseguiu trocar e o pai faleceu Como ele sabia que eu também torcia pelo Botafogo, me ofereceu a camisa e eu aceitei. Dei de presente para o meu pai.
Meu pai acompanha todos os jogos do Botafogo, mas não costuma usar camisas do clube. Essa ele usou pela primeira vez comigo em uma vitória sobre o Internacional em 2018. E pela segunda vez no dia 30 de novembro.
Depois de toda a euforia e a catarse vivida no Monumental, eu lembrei de agradecer aquele meu chefe e mandei uma foto do meu pai com a camisa do jogo. Ele ainda lembrava do presente e se disse emocionado com a mensagem.
O curioso é que tanto o meu chefe, quanto o pai dele e o meu se chamavam Luiz. De Luiz para Luiz pelo Luiz. E foi um Luiz (Henrique) também que abriu o placar naquele dia.
Eu tive a sorte e oportunidade de viver a Glória Eterna ao lado do meu pai. Mas tantos outros não tiveram a mesma chance de estar ao lado de seus entes queridos.
Então essa é a história do Luiz, do Neilson, do Jorge e de tantos outros que nos fizeram herdeiros de uma paixão infinita e que certamente nos abençoaram e vibraram com as conquistas do Glorioso lá no céu. A estrela solitária está em ótima companhia.
As nossas conquistas só são possíveis graças a eles.
Imagem: Arquivo pessoal
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