domingo, 25 de novembro de 2018

#ObrigadoJeff


Nesses 458 jogos em que você se vestiu as nossas cores, nós já tivemos muitas casas: Caio Martins, Arena da Ilha, Maracanã e Nilton Santos. Mas durante esses últimos 10 anos (quase 13 no total), apesar dos endereços distintos, você sempre esteve com o Botafogo.

Durante uma partida, sobre a linha do gol, na mais ingrata das posições do futebol, não sei se é possível escutar o que a torcida canta. Mas imagino que você conheça alguns desses cânticos.

Botafogo, meu destino. Sua estrela e o seu brilho, me chamaram, me atraíram...
Você não foi formado no Botafogo. Começou na base do Cruzeiro e veio para o Botafogo em 2003, um dos anos mais difíceis da história do clube. Era o reserva de Max quando disputamos a série B pela primeira vez.

Momentos ruins eu já vivi...
Depois de uma passagem pelo futebol turco, você voltou ao Brasil em 2009 sem acertar com nenhum clube. Teve que treinar por conta própria até surgir uma nova chance no Botafogo, mas recebendo um salário de juniores para um contrato curto.

Botafogo, os seus ídolos são tantos...
E você entrou de vez para essa extensa galeria de ídolos ao parar Adriano em 2010 e garantir, junto ao Loco Abreu, o título carioca de 2010. Mais do que uma conquista, o Botafogo acabou com a sequência de três títulos seguidos do Flamengo sobre nós. Não à toa, tem um pedacinho do muro dos ídolos em General Severiano com o seu rosto.


Honrando as cores do Brasil de nossa gente...
Convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira principal em 2010, você parou Messi, Benzema e cia. Foi campeão da Copa das Confederações em 2013 e levou ao pódio a nossa bandeira. No ano seguinte, disputou a Copa do Mundo de 2014 como reserva, consolidando ainda mais o Botafogo como o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção em Copas do Mundo.

Esse é o Botafogo que eu gosto...
Você foi o capitão de um dos melhores times do Botafogo dessa década, que conquistou por antecipação o título carioca de 2013 e que voltou a disputar uma Libertadores após 18 anos.

Não te abandona na pior...
Rebaixado pela segunda vez em 2014 para a série B do Campeonato Brasileiro, você optou por seguir no Botafogo mesmo diante dos salários atrasados, das propostas para mudar de clube e da chance de não ser mais convocado para a Seleção Brasileira, onde era titular. E conseguiu devolver o Botafogo para a elite do futebol brasileiro como campeão da série B de 2015.

Tanto tempo esperando esse momento...
Em 2016, você sofreu uma ruptura do tendão do tríceps e precisou passar por uma cirurgia. A intervenção foi malsucedida e você precisou operar novamente o local, ficando 14 meses sem jogar. Voltou em grande estilo contra o Atlético-MG no Campeonato Brasileiro de 2017 pegando um pênalti de Rafael Moura.

Domingo eu vou ao Maracanã...
O seu último título da carreira, o Carioca de 2018, foi em um dos mais estádios mais emblemáticos do mundo. Mas em uma condição na qual você não está acostumado: a reserva. Uma sensação diferente certamente. Mas você nunca reclamou disso, pois entendia a boa fase de Gatito Fernández. Aquela comemoração com o goleiro paraguaio depois da conquista é muito significativa e mostra sua grandeza e simplicidade.


Vou te apoiar até o final...
E o fim de sua carreira chega nessa segunda-feira, 26 de novembro de 2018. Com muitas homenagens a quem vestiu e honrou nossa camisa por tanto tempo (o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Botafogo em todos os tempos). Pela última vez, você vai ouvir o estádio gritar o seu nome. Mas somos nós que temos que agradecer.

Imagens: Twitter do Botafogo e Vitor Silva/SS Press/Botafogo 

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