quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Confissões de uma pseudoescritora


"E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Há ! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas." (Mário Quintana)

                                                 
. Dificilmente gosto dos meus textos. Quando gosto de algum, depois de reler sempre acho que poderia ter melhorado algo.

. Sinto desgosto quando vejo um erro de português grave. Um texto com erros de ortografia e concordância perde credibilidade.

. Sou tímida e fico envergonhada de publicar meus textos. Também não gosto que as pessoas leiam ao meu lado. Fico sempre olhando a reação da pessoa a cada linha escrita.

. Gostaria que pelo menos um texto meu fosse publicado. Se fizesse sucesso então...

. Já participei de dois concursos de redação, ainda nos tempos de colégio. Gostei do que escrevi, mas não ganhei nenhum.

. Sou boa em detectar erros nos textos dos outros, mas tenho dificuldades no meu próprio.

. Acho estranho ler um texto de outra pessoa sobre um um assunto que também já escrevi. Não sei se é questão de estilo, mas - na maioria das vezes - tendo a achar o meu melhor.

. Admiro quem escreve de forma rebuscada. No entanto, em excesso, o texto pode ficar prolixo e perder sua essência.

. Prefiro escrever de forma simples e acessível. Se não tenho certeza sobre alguma informação ou palavra, prefiro não escrever.
                        
. Costumo fazer algumas pesquisas antes de escrever. Confrontar opiniões e usar a intertextualidade sempre rendem bons frutos.

. Muitas vezes, sofro para escrever. Principalmente em textos dissertativos. Sempre lembro de algumas regras dos tempos de colégio e o texto trava.

. Quando escrevo no blog, é por prazer e não por pressão.

. Também temos que saber escrever sobre pressão. Lidar com a falta de tempo e assuntos desinteressantes sobre os quais nada temos a dizer são grandes desafios. Isso vale para concursos, vestibulares...

. Acho fundamental a leitura dos clássicos, por mais que alguns sejam entediantes e de difícil compreensão. É necessário saber o básico dos principais movimentos literários.

. Ainda sou adepta do tradicional papel e caneta para escrever. Gosto de rabiscar e puxar setas. O computador é mais superficial e não permite esses pequenos prazeres, como borrar a mão com a tinta da caneta.

. Não sei reagir aos elogios. Muito menos às críticas. Tendo a achar que estou certa, embora muitas vezes não esteja.

                                   
. Invejo vários autores. Como gostaria de ter escrito certos livros, versos e canções... Mas o máximo que consigo, por ora, é fazer uma crônica.

. Acredito no poder transformador da literatura. Pode parecer cafona, mas quem gosta de escrever e já ficou encantado com algum livro sabe do que estou falando!


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