Desde o início do ano, uma equipe de reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, vem acompanhando a rotina de quatro jovens professores da rede pública de ensino.
Tal trabalho resultou na exibição, aos domingos, do quadro "Conselho de classe". O objetivo maior desse quadro é mostrar a realidade dentro das salas de aula em nosso país, bem como os problemas que os professores enfrentam para tentar ministrar suas aulas.
O cenário principal é a escola República do Peru, situada no bairro do Méier, Rio de Janeiro. É lá o local no qual 4 jovens professores dão aulas: cada um de forma diferente, ao seu modo.
Estilos à parte, todos os professores têm um dilema: conseguir prender a atenção de seus alunos. Enquanto esses profissionais tentam explicar a lição, no fundo da sala de aula um grupo conversa e outro brinca de se maquiar. Os professores chamam a atenção. Uma. Duas. Três vezes. Em vão. Os alunos não estão nem aí para o que acontece.
Embora o quadro seja gravado numa escola pública, a realidade no sistema particular também não é muito diferente. Fones de ouvido e jogos ganham mais atenção do que os cadernos e canetas.
A verdade é que a educação é um dos entraves no caminho para o desenvolvimento de nosso país. Já até abordamos esse tema antes no blog. Faltam professores qualificados, infraestrutura... Mas parte da responsabilidade pelo nosso mau desempenho nas avaliações internacionais não é só dos políticos. Alunos que não se comportam de forma adequada em sala de aula dificultam sua própria vida (e seu futuro) e a dos demais. Assim, fica ainda mais complicado para os professores darem aulas e o aprendizado é prejudicado.
Uma das formas, então, de tentar reverter esse quadro é cobrar mais de nossos estudantes. Participação, pontualidade e postura dentro de sala de aula são essenciais.
Link de um dos episódios: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1676694-15605-456,00.html
Toda reflexão é sempre muito bem vinda, essa não foge a regra. Imputar todo fracasso escolar às políticas e/ou ao alunos me parece muito cômodo. Resumidamente, parece-me que precisamos (nós professores) resgatarmos a idéia do que venha a ser equipe e fazer acontecer como tal... aí talvez tenhamos dado o primeor passo na direção certa. Não se vê o melhor guitarrista do mundo tocar alheio à sua banda ... Abraços!!!
ResponderExcluir